domingo, 5 de junho de 2016

Buon Giorno


Te contei tantos segredos que já não eram só meus

Como quem não quer nada você entrou
Pegou na minha mão e me girou no ar
Lá embaixo a cidade não consegue nos ver

Eu vi na água dos seus olhos um cais
Respira mais uma vez e sorria outras duas

O céu amanheceu no seu rosto

E mais uma vez, eu não quis partir.

Mom

Maya Constantino em a voz da lua citou:
“Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo”. [Zygmunt Bauman]

Eu vejo pedaços de mim espalhados.
A garota de sorriso largo e listras pelas roupas que é extrovertida. Aquela que juntou seus amigos debaixo de um guarda-chuva para relembrar de outras vidas.
Entendo o Araeliz, ele que sempre me contou que teve várias vidas.
Minha infância com o carinho dela por perto, com seus abraços e broncas. Seu cheiro que está nas paredes, nas louças, nas suas roupas. Eu devo deixar cada vez mais deixá-la ir totalmente. Mas não consigo deixar de falar dela, de pensar, de sentir calor no meu peito de saudade.
Sinto que a saudade não vai passar. Talvez aos poucos doa menos.