quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Mistura a três


Anne chegou ao calçadão da praia. A noite era quente, como todas as outras, sendo refrescada pelo vento forte do beira-mar.
A pele marcada pelo sol, ficava exposta. Afinal, uma saia curta e uma blusa decotada não esconde muita coisa. Nos pés, uma sandália sem salto, extremamente confortável. Por mais que fosse de fora da cidade, se sentia em casa.
Só precisava de companhia para conversar e um copo de cerveja.
Porém, teve muito mais. Teve um exagero...
A "paulistana" como ficou conhecida voltou ao bar que encontrou sozinha. Seu jeito era encantador. Uma garota que não fazia cerimônias e logo se sentou em uma mesa e pediu o isqueiro emprestado a garota de mãos delicadas. Sorriu expressivamente como agradecimento. Será que ela sabia que essa garota está querendo tê-la?
Um homem de experiência. Mais de três decadas na costas e ele continua a se encantar por duas mulheres juntas. O que fazer? É o desejo masculino, e por mais que já o tenha feito, não tem como cansar. Então ele vê sua "sobrinha" se encantar pela garota vinda de fora. Sabia muito bem o que ia acontecer, ele só precisava estar junto.

Eu fui vitima do desejo femino junto ao masculino.
A delicia de ouvir tantos elogios e suspiros.
A diferença entre os sexos nitida na cama.
E tudo se completou de uma forma, que eles só sabem desejar mais.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ilusion

Se a gente não tivesse feito tanta coisa,
Se não tivesse dito tanta coisa,
Se não tivesse inventado tanto
O nosso amor se transformou em "Bom Dia"


Eu repeti diversas vezes que não queria compromisso,
E ele dizia me abraçando que gostava demais de mim para me ter solta.

Eu disse que a distância deixaria tudo impossivel,
Ele me disse que não me deixaria ir embora.

Fui me redendo aos seus pedidos. Como resistir a aquela doçura sem limites?

Logo eu me apaixonei pelo cara de verde na fila do banco.
E ele usou um "eu te amo" como justificativa de seus carinhos.

Todas as noite ele se confessava, e todas as noites eu me esforçava para ir com calma.

Dificil, ele fazia tudo o que eu pedia e precisava.

Então como ele não sentiu saudades? E usou aquela frase feita para justificar o fim?
E porque ele foi ridiculo o bastante para terminar tudo por uma mensagem de texto um dia antes do ano novo?

Conclusão: Foi tudo falso, uma ilusão. E na realidade o Sr. Firenze não passa de uma criança.

E eu confesso: Meu riso foi uma mentira para a tristeza. Porque sofrer e chorar não o faria ver o quão idiota ele foi. Me trancar no banheiro e cair no chão aos prantos não me faria esquecer tudo o que aconteceu. Apenas respirar fundo me faria seguir em frente.

Então, eu minto. E ele jamais existiu.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tempo para milagres

It's late at night and I can't sleep
missing you just runs too deep
Oh I can't be thinking of your smile


Sofrimento por atencipação não faz bem a ninguém. Muito menos para mim.
Mas eu achei que tinha aprendido alguma coisa com tudo que já fiz.
Não é muito mais sensato não se apaixonar dessa forma?
Tudo bem que é um prazer indescritível aquele frio na barriga.
Que é gostoso suspirar incontrolavelmente.
Que adoro passar horas relembrando.
Talvez, desta vez, eu não meta os pés pelas mãos.
Talvez, desta vez, eu não estrague tudo.
Só tem um jeito de saber.
Tentando.
Afinal, milagres existem certo?

domingo, 13 de dezembro de 2009

Electrical storm

You're in my mind all of the time
I know that's not enough
Baby, don't cry

Firenze, a noite está chuvosa. Eu ouço os pingos cairem pela janela.
O mar está agitado. Muitos achariam que ele está bravo.
Mas eu e você sabemos...

O mar está cheio de emoções, pra se expressar: chora e grita.
Ele chora de alegria e grita de excitação.

afinal, nessa nossa relação sem definição, eu te amo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009



Eu estou fazendo coleção de fotos de quadros.
Guardo frases e imagens. É como se gravasse.


Começaram os créditos iniciais e ele tossiu levemente. Ela estralou os dedos e bocejou. Os dois se olharam e então ele disse:
- Você liga se eu falar durante o filme? Eu costumo comentar...
- Eu estava me segurando, morrendo de vontade de falar.

Cansada! Era assim que ela estava e mesmo assim ainda queria. Mas estava cedo demais e logo os despertadores iam começar a tocar. Ele apagou a luz e disse com um sorriso
- Mê dá um beijo de boa noite?

O pulsar forte do seu coração podia ser sentido no seu pescoço. Ele apenas sussurrava "doçura" para mim.
- Por favor, não me peça para parar de encostar meus lábios no seu corpo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

polka dress


Você é uma doença que me consome...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Yawn!

Yeah, you make me merry, make me very, very happy

Encontre a felicidade na ausência da tristeza.
Não há motivo para chorar?
Então sorria!

Ou ao menos faça uma careta.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

OldLove

Grounds for Divorce
There's a hole in my neighborhood
Down which of late I cannot help but fall

O que se faz dá saudade do que você machucou?
Nada se faz.
Se cala e espera aquietar.

Consegue imaginar, ao menos por um segundo, o inferno que seria revelar?

Escolha feita, conseqüência aceita.

E talvez a falta não seja de você, mas do que eramos.

e ele canta baixinho: i still love you;

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

no air~shower

If I should die before
I wakeIt's 'cause you took my breath away
Losing you is like living in a world with no air


Do primeiro beijo ao sexo.

O melhor é quando algo supera suas espectativas
- Como assim você tem mais folego que eu?

Gosto de tomar banho contigo, sentir a água caindo. Você sorrindo ao ver minha cara de boba:
- O que foi?
- Isso está tão real.

'as marcas dessa tarde de sábado não está só no meu corpo.

A cada ano, eu gosto mais ainda de você. E tenho um sonho de que alguma vez você vai realmente ficar. Não vou ter que ficar esperando e vivendo de lembranças.

Por mais que dizer "eu te amo" me fez um bem; não faz ideia 'meu bem'.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

good girl to gone bad

We stay, moving around, so low
Ask us where you went, we don't know
Easy for a good girl to gone bad
And once we've gone
There's belief we've gone forever

- Você sabe o quanto eu sou impulsiva e inconsequente? - Eu perguntei timidamente.
- Sim, eu sei. E por isso gosto de você. - Ela sorriu ao responder.

_

LOUCOS! Nós somos loucos.
E somos insaciáveis.

Sabe qual o pior? Isso só me deixa com mais vontade.
Ou talvez seja melhor.

- Tá calor aqui.

Agora eu quero de novo e muito mais.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Crise?

Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele tem o fogo do juízo final

Hoje eu acordei me sentido gorda.

Já acordou, se olhou no espelho e disse pra si mesma:
- Meu Deus, hoje eu estou horrivel!

Eu posso muito bem culpar a minha TPM, que além de tudo me deixa mais vunerável ainda. Ou meus surtos quase psicóticos de que ninguém gosta de mim e o mundo inteiro me acha horrivel. Que eu não tem o valor do arroz que eu como.

Como e como e como.

Tenho comido compulsivamente.
Preparar algo pra comer e comer me deixa com a mente um pouco mais ocupada. Eu como e sinto que ainda tenho um buraco dentro do estomâgo.

Parece que o jeito mais sensato é não ficar dentro de casa, pois assim eu não tenho um acesso tão fácil a comida.

O que me faz ainda levantar e me esforçar para sorrir, são a lembranças de dias em que você acorda, se olha no espelho, tem o cabelo toda descabelada e com olhos borrados;

E está absolutamente incrivel.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Keep holding on

Cause you know we'll make it through,
Cause you know I'm here for you.

Odeio ela por me fazer desejá-la tanto que preciso odiá-la para não me perder de mim...

Sinto como se cinco dias fossem nossos cinco anos.
Dias de ansiedade se tornaram anos de espera.

Não, eu não parei de viver.
Não fiquei sentada esperando.

Mas diversas vezes me pegava rindo sozinha, lembrando do seu jeito irritante.
Ou de todas as diversas vezes que me deixava sem resposta.
Lembrava de como é gostoso achar estrelas nas árvoves.

Hunf, certo. Tentar não ser tão 'bobalona' como você me tornou.

Just, waiting.

domingo, 8 de novembro de 2009

Sonhe comigo

Say nighty-night and kiss me;
Just hold me tight and tell me you'll miss me.
While I'm alone, blue as can be,
Dream a little dream of me.

A cidade conhecida por ter suas vias principais congestionadas mesmo em finais de semana, passou sua manhã sem trânsito.

O ônibus chegará no horário.
A garota a sua espera não se atrasará.

A estação de metrô nesse dia costuma estar lotada de curiosos. O vento ali é sempre mais forte, fazendo com que vestidos dancem sozinhos.

Encostada na parede, de olhos fechados, respirando controladamente.
- Sem cigarros.
Respira novamente, olha em volta. Morde o dedo indicador.

Silêncio. Sem barulho ele se aproxima sem ser visto.
Com um sorriso familiar, após terminar de beija-la, pergunta:
- Oi, tudo bem? Você vem sempre aqui?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Don't stop believing

She took the midnight train goin' anywhere
Don't stop believin'
Hold on to that feelin'

Algumas vezes, a espera é longa.
Esperamos algumas semanas ou meses.
Chegamos a esperar alguns anos.

Atualmente, eu apenas contos os dias, e logo apenas as horas.

O que importa?
Seria que não devemos parar de acreditar?
Seria que temos que segurar esse sentimento?

Sinto muito.
Minha fé foi diversas vezes abalada e quase não sobrou nada em que me segurar.
O que eu sentia.
Não que tenha deixado de existir, apenas se tornou algo novo.
E convenhamos, muito mais saudável.

Porém, eu ainda pularia.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Darling

There's a place I dream about. Where the sun never goes out.
And the sky is deep and blue. Won't you take me there with you.

Eu vou me lembrar dos cheiros e gostos.
Vou guardar todas as imagens.
Das vezes, palavras e gestos.
As horas.

Thank you for everything.



Mas agora, eu me calo.

domingo, 1 de novembro de 2009

Ela dança

She's a maniac, maniac on the floor
and she's dancing like
she never danced before

A batida está mais rápida e o alcool subiu mais ainda.
- Lança, lança perfume.
O som entra de um jeito diferente, não sei explicar.

Do outro lado da pista, ela vê seu ex-namorando com os amigos.

Começa a rebolar com mais sensualidade.
Sua risada fica mais forte e mais alta.
Outro gole de vodka.

Ele olha abismado e comenta com todos que ela nunca foi assim.

Abraça seu amigo e começa a dançar junto.
A música chega no refrão e ela canta até perder o fôlego.
Ela sempre renasceu dançando.

sábado, 31 de outubro de 2009

menina veneno


você tem um jeito sereno de ser,
em toda noite no meu quarto
vem me entorpecer, me entorpecer

Pode parecer tolice, mas eu não sei como é relacionamento com uma garota.
Posso ter essa pompa toda, mas sempre foi só beijos e sexo.
Ficada no cinema, balada agitada, uma tarde num motel.

Agora isso que estamos tendo... Sou leiga.
Então você vai ter que ter paciência.

Sabe o que gosto em você, veneno?
O jeito que me abraça e morde meu pescoço;
não importa aonde.
Como fica no meu colo arranhando minhas pernas;
não importa aonde.

Quando ri do meu ciumes bobo ou me pega olhando pra outra mulher.

Acho que você está me conquistando sem eu perceber.
Isso é tão gostoso...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Deixar Partir

Tarde demais pra pensar
Nas marcas que vão ficar
Nos olhos que custam secar
Tarde demais pra entender
O que é não ter você
Acordar e nem sequer saber

Quem vai roubar os seus beijos meus
Desde o último adeus
Eu me esforço para não pensar
Que outros irão ver você dormir
Por favor se sorrir
Só não use aquele seu olhar

Tarde de mais pra rimar
Palavras que vão mudar
O seu modo de me imaginar
Tarde de mais pra saber
Que o meu mundo sem você
É um vazio que busca esquecer

Quem vai roubar os seus beijos meus
Desde o último adeus
Eu me esforço para não pensar
Que outros irão ver você dormir
Por favor se sorrir
Só não use aquele seu olhar

Lembra das noites que eu te vi dormir?
Ainda lembro bem
Seu sorriso ia muito além
Do que um simples momento a curtir
Quantas noites mais
Vou me culpar por ter sido capaz
De te deixar partir...
Te deixar partir...
Te deixar partir...

domingo, 25 de outubro de 2009

sem título


Aprendendo a sorrir na hora certa;

Engolindo o choro e perguntando como foi o dia.

- Eu prefiro sofrer de ciumes do que de saudades.

Todos os dias eu me esforço para não ligar e ficar implorando pra voltar.

Altruista? Talvez egoista de uma maneira diferente.

Vou continuar assim, enquanto ainda consigo.

Afinal! Melhor desse jeito, do que jeito nenhum.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

doctor;

You're making us wanna tightened our skirts
You got us thinking maybe you've got us all wrong
Just five more minutes and then we'll be gone

Se você soubesse a saudades que faz!
- Faria diferança?

Ele me diz: Eu tb gosto mto de vc, cherry. Só que esse gostar se modificou, levemente...

Em todas as manhãs que eu acordo, eu penso em você.
Em todas as noites em que me deito, eu penso em você.

Me esforço para ficar feliz com sua alegria...
Por mais que queira que tivesse essa alegria comigo.

Sei muito bem que eu fiz besteira. Sei que não te respeitei.
Mas mesmo assim eu te desejo todo o tempo...

Não existe nada que me faça você acreditar o quanto eu gosto de você.
Tudo bem, eu vou me esforçar para superar você, baby.

Por mais que na verdade eu queira você no meio das minhas pernas.

Te adoro.

sábado, 17 de outubro de 2009

O seu olhar


O seu olhar lá fora,
O seu olhar no céu,
O seu olhar demora,
O seu olhar no meu,
O seu olhar, seu olhar melhora, melhora o meu.

Onde a brasa mora e devora o breu
Como a chuva molha o que se escondeu.
O seu olhar, seu olhar melhora, melhora o meu.

O seu olhar agora, o seu olhar nasceu, o seu olhar me olha, o seu olhar é seu.
O seu olhar, seu olhar melhora, melhora o meu.

Tribalistas

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Intimate

C'est la même c'est la même. Pourquoi pas?
Quelque chose pour toi! Je te donne quelque chose.
Tu ne veux pas quelque chose...

Ele me segura no colo e me coloca em cima da pia e faz aquilo que eu mais gosto. E ele faz, do jeito que eu mais gosto. Eu sinto suas mãos segurando minhas pernas, tentando me trazer para mais perto ainda. Minha boca não sabe se o beija ou se segura os gemidos.

~*

Ela sai tonta de dentro do quarto com o corpo inteiro fervendo. Corre até a cozinha, pega um copo e enche ele na torneira enquanto tenta respirar.
Em menos de um minuto ele está atrás dela e enquanto morde seu pescoço consegue dizer que não consegue parar.
Ele abre a janela e fala para ela olhar o sol nascendo enquanto eles estão se perdendo em desejo.
Ninguém sabe se ele notou, mas o extasê foi tanto que ela perdeu completamente as pernas. Foi como se não tivesse chão e nada na mente. Mas mesmo assim, ela queria mais.
Ele a chama de ninfomaniaca.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Meu favorito

He's all I need. He's all I dream
He's all I'm always wanting

Eu amo a Suzayne e as outras mulheres são imitações baratas. (Pronto falei.)

Eu amo-a e ela é a mulher mais perfeita do mundo até que me provem ao contrário.

- O que deu em você?
- A resposta para essa pergunta não foi criada para ser composta por letras e silabas; e sim articulada com caricias e beijos.



Certo. Agora eu fico sorrindo que nem criança. Dando risinhos abafados de felicidade. Com um brilho exagerado nos olhos.
Esqueci todas as coisas que tinha pra fazer hoje...

Eu só penso: - Como eu faço pra ir pra Floripa?

Eu adoro quando você diz coisas que eu jamais acreditei que ouviria de você. Quando você é extremamente carinhoso e me diz coisas tão bonitas.

Eu te amo. Te amo de formas que não sei explicar, mas que nunca parei de sentir.
Saudades... Espero te ver logo.
Beijokas.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

I Wish

I wanna kiss you
But if I do then I might miss you


Calor. O tempo úmido. O céu se acabando em água. Os raios iluminando. Os trovões me amendrontando.

Medo. E tesão. Essa mistura que gente gosta.
Gosto. Eu tinha esquecido como é o seu sabor.

- Está perdida, moça?
- Estava.

Ah! Como pode ter beijos assim?
Como você pode dar esses apertões na minha cintura, por debaixo da blusa.
Enrrolar meu cabelo na ponta dos seus dedos.
Modiscar meu pescoço e me fazer gemer, no meio da rua!

Lembre-se: Estamos em lugar público.

E antes de completar o pensamento eu esqueço.
De novo eu me perco.

Agora fica o dilema.
Aquela minha carência...
Melhorou? Ou só aumentou?
Ou o desejo é que ficou em seu lugar?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Eu sou assim


I wake up every evening
And you're still probably working
And truth be told, I miss you.


Dessa forma torta que você conhece.

Uma garota que gosta de listras e tequila.
Calcinhas de bichinho e cigarros de menta.
Ouço músicas suicidas e baladas de mpb antiga.
Passo mais horas vendo filmes de comédia romantica,
Do que me preocupando com relacionamentos amorosos.

Me pedem uma definição por tribos.
Desculpa, mas não sou índio.

Me apaixono por detalhes, e me apaixono sempre.
Leio manchetes de jornal e compro livros usados.
Eu compro roupas usadas.

Ligo bêbada às 4 da manhã pra quem faz meu coração bater mais rápido.
Sumo na noite, durmo durante o dia, tomo café no horário do almoço.

Guardo sonhos.
Cultivo ansiedade.
Necessito de saudade.

A definição de quem não quer ser definidada; apenas um pouco contada.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

smoke and smile

Let's get nuts. Let's spend some money,
Let's freak out, life's just a party


Por favor, me empresta o isqueiro?
É, eu perguntei se você tem fogo!
Um fosfóro serve também.

'Conciência, eu preciso de um cigarro, compra pra mim na esquina?
De um cigarro e de uma boa conversa com você.
Conversa, fofoca, troca de informações...

Saudades de você minha 'conciência.
De gritar da mesa: Manda mais uma!!!
Dar risada ao encher o copo só de espuma
- Se eu quisesse espuma, pedi uam dose de xampu...

Ai ai ai 'conciência! Que mundo é esse que não temos tempo.
Pra se ver, pra rir, pra se divertir juntas?

Oh Leila, eu preciso de homem!
Mentira, eu preciso de você.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

my dirty little secret

Control yourself
Take only what you need from it
But it's sending me shivers
Crying out for attention
Memories fade

Não saber o que dizer, e precisar falar.

Respirar bem fundo e se perder nas recordações que cada vez parecem mais distantes.
Encontrar em todas as histórias algo sobre você.
Seja o castelhano, seja o carro, seja sua casa, sejam suas palavras e ações...
Eu consigo te colocar em todos os lugares.

Mas eu queria te encontrar nesses lugares. Qualquer, isso não importaria.
Tenho cultivado essa saudade que algumas vezes me faz sorrir sozinha.
Só que eu tenho me controlado bastante! Me esforçando para ser uma boa menina.
E esperar com muita calma que você tenha tempo. E claro, que tenha vontade.

Sentindo falta de conversar com você.
Do cheiro do sabonete, do gosto agri-doce, das luzes dos apartamentos acessas a noite.
De você sorrindo enquanto faz meus joelhos irem para dentro.

Enfim, saudades cherry.

domingo, 27 de setembro de 2009

Lets Read

Hold you in my arms. I just wanted to hold you in my arms
My life, You electrify my life. Lets conspire to ignite
All the souls that would die just to feel alive

Saudades da sua boca, saudades dos seus beijos, eu AMO seus beijos, quando estou em casa, fico lembrando, de quando estava aqui me beijando, ou quando eu estava ai... Me faz sentir tanta vontade de agarrar você e dar beijos longos, muito longos, com suas mãos passeando pelo meu corpo, com seus olhos encarando os meus, e quando como você me diz que me acha linda, e que eu a mulher da sua vida, ou como sou gostosa. Eu AMO isso, e me deixa tão bem você me beijar toda, na boca, nos olhos, no pescoço nos seios... EU amo TODOS os seus beijos, beijos de lingua selinhos, lambidas, mordidas, de todo jeito que usa sua boca.
Amo o toque das suas mãos o toque dos seus lábios, ou quando enrosca seus pés nos meus, gosto quando susurra nos meus ouvidos coisas bonitas, e coisas atrevidas, gosto quando me abraça e me pega de jeito; quando me morde, me arranha, quando se deita sobre mim, só por deitar, quando sente meu cheiro, quando chega bem perto mas não beija, só chega perto, me olha, e me manda ficar queta para ir me beijando bem devagarzinho...
Quando me pára no meio de alguma coisa que eu esteja fazendo e diz, "não importa, eu te amo" AMO quando me deita na cama e tira minha roupa rápido pra gente fazer amor. Amo quando me pede pra deitar mais perto de você, quando me pede pra ficar bem acomodada em seus braços. Gosto quando me ama, como me ama, sempre que ama; amo o seu amor, amo você, todo dia toda hora pra sempre. Amo cada coisa que faz e cada coisa que diz. Você é meu e eu o tenho, sou sua da mesma maneira, e você me tem sempre que quiser; TUDO é gostoso com você, por você sobre você embaixo de você. Te amo, amo muito e não canso de dizer, aqui ali assim ou sei lá. Só sei que te amo, e que me ama. E isso, mais do que basta para mim.

Texto por: Livodka Miranda

sábado, 26 de setembro de 2009

Little Bit

I think i'm a little bit, little bit
A little bit in love with you

Eduarda tem os olhos verdes e passas as noites na varanda de casa olhando o movimento na rua. É quase nenhum, mas sempre aparece algum casal de mãos dadas dando risos abafados, ou um bêbado, pegando restos de cigarros que foram jogados no chão.
Enquanto ela dá mais um gole em sua taça de vinho, sua gata Alice passa pelas suas pernas e senta-se ao lado.
- Boa noite Alice... Ou seria, bom dia? Nunca sei bem o que dizer...
- Miau - A gata mia baixinho e pula no colo da sua dona, toda manhosa, querendo carinho.
- Safadinha você não? Mas eu te entendo - E passa sua mão gentilmente pelo dorço do animal - Eu também gosto de carinho assim, e na verdade, estou precisando tanto disso... Sabe, eu tenho sentido tanta falta de conversar esses dias, parece que faz tanto tempo...
Silêncio.
Aos poucos dentro do silêncio, é possível ouvir o ronronar de sua gata, os primeiros passarinhos acordado ou mesmo o som do vento gelado passando pela porta.
O sino da igreja bate 5 vezes seguidas.
- Acho que essa é nossa deixa para ir deitar, não é querida? Se ele não ligou até agora, não vai ligar mais. - Ela pega o celular e verifica as mensagens. Nenhuma nova. - Não me olhe com essa cara Alice! Eu não vou ligar... de novo. Hahahaha... De novo se escreve separado, você sabia? Pois é, e tem gente que insiste em deixar junto... Insiste em... junto...
A gata deu um miado cumprido.
- Hey hey! Porque essa tristeza querida? Vamos entrar e eu vou fazer carinho em você até pegar no sono! O que acha?
Eduarda virou o resto da garrafa de vinho na sua taça e virou num gole só. O que escorreu no canto da boca ela limpou com as costas da mão e sorriu pra si mesma. A gata já tinha pulado de seu colo e corria pra dentro.
- Sem pressa! Sem pressa! Nós temos todo o tempo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sexo para mulheres

I know I don't know you but I want you so bad.
Everyone has a secret locked but can they keep it.
Oh no they can't...


Vou contar a minha verdade sobre isso.
Nós temos medo e vergonha.

Mulheres se masturbam. Mulheres fantasiam com outros homens. Mulheres veem fotos sensuais, vídeos de sexo e contos eróticos.

Nós temos, muitas vezes, vergonha do nosso corpo. Um seio que é maior que o outro. Estrias no bumbum. Gordurinhas a mais na barriga. Por isso a luz apagada, temos medo de vocês nos acharem feias e gordas. De nos compararem com alguma estatua de mármore perfeita que tenha feito sexo.

Vergonha... Vergonha de dizer que queremos ficar de quatro com o parceiro metendo com força. Vergonha de dizer que queremos sexo oral. Porque meu querido, nós também adoramos sexo oral. Ter a língua de um homem lambendo, ter uma boca chupando com vontade, é gostoso! Ainda mais quando dedos acompanham isso.

Quantas vezes vocês ouviram que mulheres gostam de preliminares? É a mais pura verdade. Beijos no pescoço, mãos massageando as pernas, a língua passando nos seios e pela barriga. Sim, gostamos disso. E eu me pergunto: Vocês também não gostam? Então! Façam isso.
E sabe por quê? Por que ira deixar sua garota mais relaxada, mais a vontade, mais molhada. E assim, o sexo será melhor.

Sexo bom. Sexo delicioso. Isso me lembra que algumas vezes o sexo pode ser péssimo. Mas a culpa não é sua, e muito menos nossa. Não tem uma explicação lógica para isso. Simplesmente não foi bom, e não precisamos morrer por causa disso! Acontece, assim como acontece de vocês brocharem. Certo que temos total certeza que a culpa é nossa, mas nos relevamos, sorrimos e tudo bem.

Ah, outra coisa. É, ainda existem mulheres tolas que fingem orgasmo. Tolas porque é pior para elas, porque vocês não vão tentar ‘concertar’ isso. Por sinal, isso se concerta com conversa. Sabendo o que sua mulher gosta, e como ela gosta.

Sexo. Transa. Fazer amor. Meter. Comer. Seja lá o jeito que chamarem... O que eu gostaria de dizer, realmente, é que nós ficamos nervosa na hora H. Medo de nos acharem gorda, de pensar que seria melhor estar tomando uma cervejinha com os amigos do que nos ter de pernas abertas.

Algumas vezes, vergonha de gemer mais alto, de pedir para ficar por cima, de querer que vocês nos chamem de ‘sua vadia’, ficar com vontade se um segundo round.

Enfim. Eu acredito que um sexo gostoso começa com uma boa conversa. Mas não entregue tudo, algumas leves surpresas, muitas vezes podem ser ótimas.

E se não forem, nada como tentar de novo.

sábado, 19 de setembro de 2009

Desapareça

See I dont know why, I liked you so much.
Fuck what I said, it dont mean shit now.

Sim, eu estou com ódio nas palavras. Mas não... Eu estou com total segurança delas e não vou me arrepender.

- NOJENTO! RÍDICULO! ESTUPIDO! IDIOTA!

Que história é essa de ligar na minha casa às 5 da madrugada querendo saber aonde eu estou. Se por sinal, você sabe muito bem aonde eu estava.
Ótimo, quer achar que eu to dando pra um homem casado num motel fuleiro na rodovia, pode achar.
Pra mim, isso não faz diferença. Faz você se intrometendo na minha vida dessa forma.

Concordo em parte. Não, eu não precisava ser ignorante dessa forma. Se você tivesse a capacidade de ouvir e ser melhor do que isso. Se você não tivesse sido tão nojento.

Eu desisto de tentar ser compreensiva. De sorrir enquanto ouço você falar as mesmas coisas. De fingir que isso tudo não me machuca.
Porque cara... machuca. Eu não joguei quase um ano da minha vida no lixo. Foram coisas maravilhosas, de onde minha felicidade não cabia nos meus dias. Que meus olhos tinham aquele brilho, e meu sorriso era de contagiar.

Mas, acabou. Eu não me senti mais como antes. Como quando eu fui comprar xampu na farmácia, ou dormi no seu colo dentro do carro. A minha liberdade gritou mais alto que você.

Ela me respeitou mais. Ela não machucou meu rosto e minha alma. Ela jamais tentou forçar algo enquanto eu dormia. E jamais! Qualquer pessoa fez essas coisas terriveis;

Você fez meus olhos queimarem com as lágrimas quentes de raiva.
Eu não menti assim: Enquanto eu te amei, eu estava lá.

Não dou a minima se não tem raiva. Se me ama, se sente minha falta, se pede desculpas. Foda-se. Vá pro inferno com tudo, que eu vou seguir sorrindo e extremamente bem.

Melhor que você.
Tenha uma excelente vida.

Style


It could be wrong, could be wrong,
But it should've been right

Estilo é a resposta para tudo;
[...]
Estilo é a diferença, um jeito de fazer, um jeito de ser
Seis garças em pé ao redor de uma poça d`água, ou você
saindo do banho (nua) sem me ver.

Charles Bukowski

Eu errei. E errei de novo. E errei novamente.
Como pode garota, ser assim tão idiota?
Você sabe muito bem o que não deveria fazer...
Mas fez! E eu não consigo entender o porque disso tudo.
Era tudo tão simples, mas você tinha que complicar, não tinha?

Você só tinha que não mentir, tinha que ser sincera.
Só tinha uma coisa há fazer e não conseguiu.

E agora você passa as noites usando esse scarpin junto com seu sorriso exagerado.
Ouvindo elogios de como é maravilhosa e encantadora.
Mas na verdade você queria ouvir dele que é: Uma garota incrivel.

Que estilo é esse que você tem? Eu não consigo entender, de verdade.
Eu só fico te olhando, querendo ver a lógica nas suas ações...
Mas no fim das contas, eu só ouço o som que a batida do salto faz no asfalto.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ligação

I'm gonna take you out tonight; I'm gonna make you feel alright

São 5:40 da manhã e o celular toca:

- Alôôôôô cherry! Tudo bom com a senhorita?

É, ele está completamente bêbado, diga-se de passagem.

- Em quanto tempo você consegue estar na minha casa? Eu pago o táxi.

Silêncio. Ela respira fundo e lembra-se de todas as incontáveis vezes em que ligou bêbada e implorou para ir na casa dele; e ele disse não. Respira novamente e responde:

- Em uma hora.

Ônibus. Metrô. Baldiação. Metrô. Táxi.

E lá vem ele, usando meias e chinelo. Bêbado e perfeito.

- Porque você está tremendo? Está com frio?

Ela treme pela maldita ansiedade. Porque o desejo é maior que seu próprio corpo. Porque o juizo saiu correndo a muito tempo.

- Eu já fico melhor...

E ela ficou. Porque beijos se transformaram em êxtase frenético em menos de cinco minutos. Porque quando menos se espera, seus joelhos estão dobrando pra dentro e ela se controla para não gritar. Porque não existe a menor lógica em se manter vestida ali. Porque ele repete o quanto não consegue parar e o quanto tudo aquilo é ótimo.

Ele range os dentes enquanto dorme, e ela observa a luz entrar pela janela trancada.

Tem o mau humor estampado ao acordar. Tem o banho rápido enquanto ela se veste.
E se tem, roupas jogadas ao lado do sofá enquanto ela simplismente, não consegue parar.

Café gelado. Aquele pão de queijo tão gostoso! Suco de laranja.
Jogos para distrair e rir. Sim, porque ele riu com as setas coloridas.

No caminho para o metrô acontece um momento que está preso na memória.
Enquanto toca a música sobre 'pressentimento de uma boa noite' ele atende uma ligação.

E ele fala em castelhano!

Pela primeira ela não ficou triste com a despedida.
Ela sorriu por ter tido uma manhã tão... agradável.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Silêncio

Quem não tem colírio usa óculos escuro
José Newton já dizia: "Se subiu tem que descer"

Ah! Me desculpe. Eu estou realmente triste e chateada com isso tudo. De chorar e não saber o que fazer. Mas por pelo menos 5 minutos, me deixe relembrar como teve coisas que eu gostei!

~ Scrapian preto envernizado. Meias pretas finas 7/8. Vestido tomara-que-caia balonê vermelho. Unhas vermelhas. Cabelo liso. Um crucifixo no pescoço. ~

A pista de dança não está muito lotada, mas quem está lá, está fervendo!

Ele está de terno e gravata, e um copo de wisky na mão. Está rindo! E começa a se mecher. Ela tem o salto nos pés e o vermelho no corpo. Rebola, desce, sobe. Levanta o vestido com a ponta dos dedos.

Lá está! Dançando com ele, na pista de dança, como ela tanto imaginou.

Toca Joy Division, e toca Depeche Mode, e toca New Order.
Toca suas pernas, e toca sua cintura, e toca seu pescoço.

Perto dos jogos, perto das bebidas, perto da música.
Ele a aperta, a beija. A devora com os olhos e com as mãos.

E por pelo menos 4 horas ela só se importou em conseguir respirar e se mover um pouco para abraçá-lo forte e sorrir.

- Por favor garçom, mais uma dose;
- Por favor doutor, mais uma vez.

domingo, 6 de setembro de 2009

Piano Bar


O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde, eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor.

O que você não pode, eu não vou te pedir.
O que você não quer, eu não quero insistir.
Diga a verdade, doa a quem doer.
Doe sangue e me dê seu telefone.

Todos os dias eu venho ao mesmo lugar,
Às vezes fica longe, impossível de encontrar
Mas, quando o Bourbon é bom
Toda noite é noite de luar.

No táxi que me trouxe até aqui. Julio Iglesias me dava razão,
No Clip Paul Simon tava de preto más, na verdade não era não
Na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução.

Toda vez que falta luz,
Toda vez que algo nos falta
O invisível nos salta aos olhos,
Um salto no escuro da piscina.

O fogo ilumina muito por muito pouco tempo
Em muito pouco tempo, o fogo apaga tudo.
Tudo um dia vira luz.
Toda vez que falta luz
O invisível nos salta aos olhos.

Ontem à noite, eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia.
Era o princípio num precipício.
Era o meu corpo que caía.

Ontem à noite, a noite tava fria
Tudo queimava, mais nada aquecia.
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

Eu conheci uma guria que eu já conhecia
de outros carnavais com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

Engenheiros do Hawaii

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pedido de desculpas


See the stone set in your eyes.
See the thorn twist in your side.
I wait for you...


Eu tenho o peso das coisas nas minhas costas.
Eu tenho a ansiedade das ações nos meus pensamentos.
Eu tenho o pedido desculpas pelas coisas que te incomodam.
Eu tenho as lágrimas estagnadas em meus olhos castanhos.

A felicidade controlável de ouvir sua voz. O desejo de seus beijos e carinhos.

Me deixa cantar uma canção de ninar e ver você dormir nos meus braços, como antes. [?]

Eu preciso lhe dizer, eu não me conhecia.
Eu sabia da minha ansiedade, do meu mar de emoções.
Mas... essa crueldade. Essa coisa de manipular e controlar, eu não sabia.
E jamais vou realmente entender as coisas que você causa em mim.

Mas você sabe, as minhas péssimas idéia são culpa do carinho que eu tenho por você.
É culpa do agri-doce, dos vagalumes, do olhar para trás, de virar pro lado, do que nunca tinha sido tão bom com outra pessoa.

Me desculpa doutor, por esses 'segredos' que te fazem me ver de outro jeito.
Eu só quero que me veja como essa menina que tenta se tornar mulher pra você.

Pra você, é a saudade que eu tenho guardada.
São meus melhores textos, quase todos meus pensamentos.

Lembre-se, no meio desse 'jogo' inteiro;
Eu escolhi você.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Angel or Devil?

Eis o melhor e o pior de mim...

De dentro de mim ele retira as palavras.
E elas se formam de maneira poética, sagaz e aguçante.
Me faz querer mais para mim. Me faz querer mais dele. Me faz ser carinhosa e safada.
Pega a minha sinceridade e me deixa estirada, nua, na sua frente.

E com isso, eu mostro o meu pior.
Controladora ou manipuladora. Cruel, ele me faz ser cruel.
Na realidade, eu vejo que eu sempre fui cruel.
ARDILOSA! Maldita mulher simulada/dissimulada.

Eu sou mais inteligente do que acredito.
Eu sou mais rídicula do que admito.

sábado, 29 de agosto de 2009

Verme na Caixa

Astronauta diz pra mim cadê você
Bailarina não consegue mais viver

- Ai apesar de tudo existem noites como essas que eu lhe vejo em tudo.

São quase cinco anos.

E ler qualquer coisa que você escreve pra mim, ainda me causa aquele mesmo frio na barriga.
E eu ainda me irrito! Com seus comentários ácidos, e todas as coisas que diz para mim, eu não entendo.


Você tirou a minha inocência.
Você me deu minhas piores dores de cabeça.
Você disse tudo o que eu queria ouvir;
porque era o que você queria dizer.

Dentro de uma caixa, eu tenho guardada a sua carta.
Uma flor dourada, um papel de bombom.
Tem a sua foto, seu verme.

Dentro do meu coração existe também a tua pergunta:
- Será que deixei passar o grande amor da minha vida?

Eu não sei.

Eu só sei que: eu sinto falta das nossas joaninhas;

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Side

You open your mouth and
I know What you're going to say

Eu fui a lembrança de uma tarde de sábado, aonde impeditivos foram esquecidos, e apenas os desejos consumidos.

Eu fui tristeza, naquelas tardes com chuva e pessoas correndo na rua.
Eu fui agitação nas noites de álcool e música alta.
Eu fui nervosismo nas ligações de madrugada num banheiro vazio.

Eu fui a garota implorando, sentada na calçada da avenida, batendo os pés no chão e gritando por dentro.

Eu senti a alegria de uma mudança. A volta das frases que me enfeitiçaram. O convite.

O salto descendo a rua e um cigarro aceso na mão. O mesmo 'olhar para trás'. Eu fui o beijo suave e mãos selvagens. A garota se oferecendo e sendo aceita. A sala, a cozinha, o quarto e o banho.

A ordem de virar de lado.

Eu sou a ansiedade demasiada. A impaciência. A tentativa de esperar com calma.

E eu desejo ser as pernas que envolvam seu corpo; as mãos que passeiam pelas suas costas; a boca que não tem medo de fazer suas vontades; a palavra dita em meio ao êxtase e repetida.

A espera de ser agora, tua.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pride & Prejudice



Mr. Darcy: How are you this evening, my dear?
Elizabeth Bennet: Very well... although I wish you would not call me "my dear."
Mr. Darcy: Why?
Elizabeth Bennet: Because it's what my father always calls my mother when he's cross about something.
Mr. Darcy: What endearments am I allowed?
Elizabeth Bennet: Well let me think...”Lizzie" for every day, "My Pearl" for Sundays, and...”Goddess Divine"... but only on *very* special occasions.
Mr. Darcy: And... what should I call you when I am cross? Mrs. Darcy...?
Elizabeth Bennet: No! No. You may only call me "Mrs. Darcy"... when you are completely, and perfectly, ad incandescently happy.
Mr. Darcy: Then how are you this evening... Mrs. Darcy? Mrs. Darcy... Mrs. Darcy... Mrs. Darcy... Mrs. Darcy...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

La Vie en Rose

Darkness, darkness everywhere, do you feel all alone?
The subtle grace of gravity, the heavy weight of stone

Ana Clara se sentou num banco da praça. Aquele era um dia de inverno muito bonito, céu limpo, dia frio, e um belo pôr-do-sol logo alí, em frente… assim, quando se olhassem, o sol não machucaria seus olhos. Aquele dia merecia aquele banco da praça. Aquele dia também merecia o cachecol listrado, combinando com as meias listradas por cima da meia-calça. “Hoje é um dia bom pra listras, ela gosta de listras…”, pensou. Abriu sua bolsa, pegou o celular e lhe deu três toques, que significavam “estou na praça” (Quatro toques seriam “pra atender”; Dois, “apareça JÁ no MSN”; Um, “Fofoca, te conto quando te encontrar”).

Ah, sim, a praça…de fato, a praça não era uma praça qualquer. Não, não, elas não se conheceram lá…bem, talvez, num sentido meio não-direto…elas conversam muito lá, então aquela é a praça de “conversar muito”, e longas conversas sempre são boas pra conhecer pessoas, mesmo que um pouco mais. Então sim, elas se conheceram naquela praça. Além de ser magnificamente perto da casa de ambas e mais parecer um parque esquecido pelo resto da humanidade e civilização, tendo uma grande opção de bancos e paisagens estranhas e curiosas pra se ver, é claro.

Enfim… Ela se sentou, pegou uma maçã e esperou ela chegar. Quando ela jogava fora o resto na lixeira lá perto, ela a viu. Por alguma razão, Ana percebeu que sua amiga tentava afastar uns insetos do cabelo. “Shampoo doce, provavelmente…”, ela pensou. Sentou-se, virou para sua amiga e disse:

- Você pediu pra eu vir pra cá e chegou atrasada, Clarisse.

- Oi pra você também, Ana C.

Clarisse…estava excepcionalmente avoada, abanando os mosquitinhos (“Meu Deus…não me diz que isso são vaga-lumes!”, pensou Ana Clara.) das suas orelhas, um olhar distante e ela tinha as unhas pintadas de... azul? Só mesmo essa sua amiga para pintar as unhas de azul e se sentir bem com isso.

- Viu? Essas...coisas..me seguindo…Sabe, eu acho que eu não sei bem porque eles estão me seguindo. Na verdade, eu sei sim.

Clarisse explicou que, um dia desses, numa ressaca, via luzinhas e o tempo parou. Descobriu que as luzinhas eram esses mosquitos que a seguiram desde então, e o tempo parou porque um moço com chapéu os tinha libertado de uma lanterna estranha, depois a olhou engraçado e a chamou de Maria.

- Nossa, e quando foi isso?

- Há um tempão…

- …Vaga-lumes vivem tanto?

- Eu não sei…

- ... Ahhh…E você viu o moço do chapéu alguma outra vez?

- Ah, vi sim, outro dia…

- Aaaah….tá…

Um vaga-lume se escondeu nos cabelos de Clarisse quando ela decidiu parar de espantá-lo. Elas dividiram coisas pra comer que Clarisse tinha comprado, e também as coisas que Ana Clara preparou pra trazer.

- Você está de listras…

- Você gosta de listras…era uma surpresa, gostou da surpresa?

- Ah, a Valéria me falou que você viria assim.

- …Meu Deus, nunca mais peço nada pra Valéria.

[...]

Um outro dia, a mesma praça.

Clarisse pensou que talvez Ana C. precisasse de uma injeção de bom humor, usou a blusa preta que usava naquele aniversário e sorriu o se lembrar daquele dia. 3 toques pra sua amiga e caminhou em direção à praça. No caminho, ela pensou em como foi duplamente boa a escolha daquela blusa em especial. Não eram nem 10 horas da manhã e sua amiga realmente odeia acordar cedo e aquilo distrairia a atenção dela. Ela pensou também em como parecia meio ridícula, usando saltos as 10 horas da manhã. Quando chegou escolheu um banco perto de uma árvore. O dia estava nublado e ventava um pouco, mas a árvore bloqueava grande parte da brisa, Clarisse limpou as folhas do banco e se sentou. Alguns outros vaga-lumes estavam no seu cabelo agora. Avistou Ana Clara andando devagar com passos curtos. “É, ela tá fula comigo…” pensou. Ao se aproximar, Ana sorriu e riu um pouco.

- Eu lembro dessa blusa.

- Eu lembro desse dia!

- Eu não poderia esquecer, afinal, não era eu que pensava que estava sonhando. Mas... Meu Deus, Clarisse, SALTOS! Você não está com frio nos pés???”. Ela colocou as pernas da amiga no colo e os cobriu com o casaco.

- É… saltos… eles ficam bem em mim?

Ela se sentou. Suspirou e disse que parecia que estava apaixonada, mas não sabia dizer. Apesar de saber que o número de cicatrizes no coração de sua amiga deveriam tê-la ensinado como reconhecer o sentimento, Clarisse continuou a ouvir. Na verdade, reconheceu Ana, talvez fosse passageiro, mas ela não sabia.

- E isso precisa de mim?

- SIM! Como eu posso me apaixonar por alguém tão bobo assim?

- The Lovecats, do The Cure.

- Você gosta de The Cure.

- Eu sei que gosto. - E Clarisse entendeu que logo passaria. Mas ficou feliz, Ana Clara era o tipo de pessoa que transformava qualquer coisa em algo magnificamente único, e dessa vez era algo bom. Numa vez anterior, na mesma praça, Ana Clara fez algo ser magnificamente único e ruim. Desde então Clarisse sempre espera que novidades boas venham para a praça com sua amiga.

- Pois é…E esses vaga-lumes?

- Vão muito bem…

- Algo novo?

Clarisse contou sobre os vaga-lumes e tudo o que eles tinham mostrado pra ela, coisas tão diferentes que ela talvez nunca tivesse vistou ou ouvido. sobre lugares distantes e talheres incomuns…quadros, tapetes, reuniões, museus…e muitas, muitas paisagens…Não, ela nunca conseguiria mostrar tudo o que viu, mas tentou. Ana Clara ficou feliz por ela.

[...]

Uma noite, longe da mesma praça, Ana Clara dormia e recebeu os 3 toques, bastante assustada. Se vestiu com pressa e encontrou uma chorosa Clarisse, sem vaga-lumes em volta dela.

- O que aconteceu?

Clarisse contou que os vaga-lumes tinham a levado pro topo de uma enorme escada e desaparecido, e ela chorava muito quando um homem veio e disse que eles não voltariam mais. Contou que ela o seguiu pelas escadas e viu o seu chapéu, e que ele tinha uma lanterna com vaga-lumes dentro.

- Eu acho injusto.

- Por quê?

- Se ele ia tomar os vaga-lumes, por que os deu, pra começo de conversa?

Então Ana Clara abraçou Clarisse e levou ela pra casa. No caminho contou como sentia medo de ser cruel com as pessoas às vezes, e como era triste o fato de às vezes pessoas irem embora, também falou de como os olhos de Clarisse ficam bonitos quando ela chora.

- Parecem mais claros. Mas eu não gosto das olheiras.

[...]

Um dia qualquer, elas se encontram na rua. Clarisse parece ser seguida por borboletas dessa vez. Ana Clara ri da situação.

[...]

Três toques.

Era uma manhã de sol suficientemente convidativa pra Ana Clara ter acordado bem disposta. Preferiu uma saia.”e botas de combate”, pensou, “ela gosta das minhas botas de combate.”. Quando se conheceram, ela usava essas botas. Não tinham nada demais, mas lembravam coturnos e combinavam com a maior parte das saias dela, mas Clarisse tinha um carinho especial por elas. Decidindo comer seu café da manhã na praça, fez qualquer coisa e enfiou na bolsa.
Clarisse estava sentada num banco na parte alta. Dava pra ver uma avenida logo abaixo, com uns prédios no fundo e algumas casinhas também. Elas gostavam excepcionalmente do cor-de-rosa e “daquele-que-parece-um-bolo”, costumavam a encará-los quando o assunto morria ou mastigavam qualquer coisa, geralmente quando se encontravam sem nenhuma razão. Clarisse mantinha as mãos juntas como se nelas segurasse um objeto bem pequeno que tinha medo de perder. Não haviam insetos. Ana sentou-se ao lado dela e a olhou, não precisou perguntar.

- Eu roubei

- O que?

- Um vaga-lume... eu roubei! Acho que ele não percebeu, mas deu por falta depois. Ah, eu ri da cara dele, e disse que não ia devolver! Você deveria ter visto!

Ana Clara sorriu. Sabia que mais cedo ou mais tarde aquilo aconteceria. Ela ouvia a amiga reclamar da falta que os vaga-lumes faziam, e como queria que eles voltassem. Não disse nada.

Pegou o que tinha trazido e comeu. Clarisse guardou o precioso ser de volta num potinho bastante delicado, e comeu também. Houve esse grande momento se silêncio que fazia com que Ana sempre olhasse como o mundo em sua volta estava naquele momento tão maravilhosamente quieto. E viu centenas de milhares de vaga-lumes passeando, em pontos que Clarisse certamente não veria. “Amiguinhos, ela não vai ver vocês aí, sabe? Ela é bastante desligada.” Pensou. “mas duvido que seja isso que vocês queiram.”

- O que você tá olhando, Ana C.?

-… Nada… oras.

[...]

Texto por Luiza Moucachen Sant'anna.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vaga-lumes

Me faz um carinho, me toque mansinho.
Me conta um segredo, me enche de beijo.
Como eu te valorizo, eu te espero acordar.

Estavamos sentadas na janela, e juntas olhavamos para as estrelas. Ela estava com o cabelo solto e o vento fazia cócegas no seu rosto. As suas mãos tocaram meus pés, alisando meus sapatos de salto alto. Ela deu uma risada suave. Eu respirei fundo e disse:

- Você não quer ser vista com eles, acredite.
- Então o que eu quero?
- A lua?
- Gosto mais de estrelas.
- Você gosta de ver estrelas? Isso pode ser providenciado.

No fim da rua, sentado num banco, um homem de chapéu olha para o apartamento 23, que fica do outro lado da calçada. Ele tem um jeito galanteador e sorri levemente para as pessoas que o olham. Ao seu lado, existe uma luminária enferrujada, bem antiga. E dentro dela, você consegue ver dezenas de vaga-lumes.

- Clarisse.... vai se comportar, querida?
- Nao. Eu vou roubar seus sapatos e ficar acordada até tarde. Irei brincar por horas e horas, até ficar bem cansada. Eu posso descer agora para pegá-los?
- Paciência... Você vai ter que parar de caçar borboletas, sabe disso.
- Eu paro. Vaga-lumes sao bem mais interessantes que borboletas. Posso ir agora?
- Pode, cherry.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dormir

Eis o melhor e o pior de mim: O meu termômetro, o meu quilate.
Vem, cara, me retrate, não é impossível. Eu não sou difícil de ler...



Eu estou com tanto sono, que meus olhos choram. Já perdi a conta de quantos bocejos eu dei desde que me deitei pra dormir.
- Maldita seja você, insônia.
Preocupações... o vento que faz a porta bater com força. O celular que toca alto. A fome que começa a aparecer devagar. MEU NARIZ! Entupido por causa dessa rinite. As coisas só estão me atrapalhando.

Nem dormindo, nem acordada.

Só bocejando e criando coragem para voltar pra cama.

Eu crio histórias na minha cabeça quando vou dormir.Normalmente, são coisas que já aconteceram, e eu coloco outros acontecimentos. Eu deixo a história mais cumprida, coloco outras falas. Coloco os personagens em outros cenários. É relaxante, eu vou me envolvendo, e quando dou por mim, estou sonhando com tudo isso.

Pois então, eu vou agora voltar para a cama, e voltar a tentar dormir. A história que vou imaginar? Segredo.

Mas envolve uma estação de metrô e uma reunião de trabalho.

domingo, 16 de agosto de 2009

Sem máscaras


Humm, what else to see? Humm, how pretty life can be?
Humm, did I miss the bus? Humm, why did I give my keys?

Nossa historia começa em um dia de evento doido regado a bebidas diversas.

Você beijou o Leão... Eu beijei a Eiri... A Eiri te beijou e nossas bocas se encontram depois de um tempo.

Sim é verdade, uma boca linda e boa de beijar... Gostei tanto... A ponto de não querer te largar... Mas você e a Eiri queriam a boca do pobre Leão... (sei que era mais que a boca rs). Como é de se esperar fiquei triste com a superioridade do meu grande amigo com as garotas... O mundo roda e uma regra que aprendi é que o que você quer você tem! Por isso temos que ter muito cuidado com o que queremos rs.

Depois de um tempo nos conhecemos nessa vida eletrônica... onde o coração e a mente são vistos primeiro... você me conheceu de fato e eu você.

Marcamos algumas vezes de se encontrar... mas o destino não estava afim de nos ajudar!

Eu lembro de você chegando em uma praça cheia de jovem bêbados... quando te vi senti um frio na barriga.
- Putz o que vou fazer agora??? – Você olhou para mim... Nos cumprimentamos... Você ficou perto de mim... eu mexi no seu cabelo perto da orelha e ai nos beijamos.

Horas e horas... hahahaha! Abrimos os olhos e quase toda a praça estava a nossa volta olhando! Hahahaha bons momentos...
Alguém disse: – vocês estão namorando? – você olhou para mim... eu não disse nada...
Você disse: – Vamos casar!

E eu senti um frio na barriga.

Descobrimos muitas utilidades para um guarda chuva e que mordidas constantes nos lábios provocam inchaço.

No fim eu pensei que ia ser mais um caso logo descartado... estava esperando por isso... no fim te magoei.

Esse foi o motivo do primeiro e-mail... Pedir desculpas!

Você estava em um mar de emoções e eu não era o seu porto seguro... talvez uma carta dentro de uma garrafa... você não pode sobreviver com ela... mas pode estar próxima de algo.

Seja feliz e

Continue a nadar, baby.


Texto escrito por um Lobo Mal.

sábado, 15 de agosto de 2009

Freitag

I wanna make it. I wanna make it wit chu.
Again, and again and again...


- Banho, eu preciso de um banho!

- Eu não acredito nesse sabor.

- Você pode fumar no quintal
- Não estou com vontade disso.

- Eu odeio despertadores.

Algumas surpresas podem acontecer todos os dias.
Ou numa sexta-feira.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Dissimulada


Are we human? Or are we dancer?
My sign is vital. My hands are cold.
And I'm on my knees. Looking for the answer.
Are we human? Or are we dancer?


Que mulher, realmente abre mão do que quer?
Quando ela desiste, ela já não quer mais. Quando ela aceita o “não”, realmente não importa mais.
Então, ela mente. Ela diz para ele, para os outros e às vezes até para si mesma que tudo bem.
Se ele não quer, ele não quer, e ela tem que respeitar isso.

O caralho que ela vai respeitar. Toda mulher é dissimulada.

Dissimular. [Do latim dissumulare] V.t.d. 1. Ocultar ou encobrir com astúcia; disfarçar; 2. Não dar a perceber; calar; 3. Fingir; simular;

Por razões que eu não sei quais, e na verdade nem me interessam, elas mentem.
Fala sério, você achou mesmo que ia parar de receber ligações às 3 da manhã dela bêbada pedindo pra te ver? Que não ia mais te dizer como aquela viagem pra Barcelona foi a melhor da vida dela, e que faria tudo pra repetir? Enquanto você acredita (ou fingi também que acredita) que ela está ótima, ela passou as últimas seis horas lendo todas as cartas que você escreveu para ela.

Mulheres que são rainhas, imperatrizes, duquesas, não aceitam “não” como resposta, ao menos que seja o que elas queiram.
Mulheres que se tornam vadias e putas na cama, jamais vão aceitar que um homem não queria sexo com ela de novo.

Elas vão se fazer de sua amiga, e querer saber sobre sua namorada. Se tornar amiga dela e destruir seu relacionamento. Vão esquecer um dos brincos que ganhou da mãe no aniversário na sua cabeceira, só para voltar a te ver. Vão aparecer na porta sua casa usando meias 7/8 presas em cinta-linga e salto alto nos pés. Vão estar segurando uma garrafa de wisky e pedindo maliciosamente pra usar seu banheiro
Irão convencer a melhor amiga de fazer um ménage a troi só para ficar com você de novo.

Mentira, no fundo essa ela gosta de mulheres dissimuladas também...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sofia

Oh, minha menina és de tudo que mais belo existe.
Ver tua beleza é esquecer tudo que há de triste.

Você viu? Eles são rosados e cabem em taças de vinho. Ah... eu os beberia na eternidade duma noite. E ela tem essas pernas... dá vontade dela me entrelaçar no meio delas.

Pecado!? Uma beleza assim, de lábios carnudos e olhos que hipnotizam, não pode ser pecado. A beleza não deve ser pecado. Tudo bem, se quer ver assim, então eu sou uma pecadora ao querer me perder no delirio dessa mulher.

Dessa mulher de cabelos cumpridos, que faz com que eu me sinta uma menina; sem reação, sem resposta. E acima disto, sem pudor de querer senti-la.

Sentir seus lábios, sua lingua, suas mãos, seus dedos. Ter essas pernas em cima de mim, enquanto minhas mãos percorrem suas costas nuas. Ah, seu cheiro.

Porque mulheres cheiram tão bem?

Elas já são delicadas, elegantes e sedutoras. Além disso, pra mim elas cheiram a flores e sexo.

E essa já me fez perder o juizo, poderia muito bem me dar algo troca. Algo como várias horas comigo tirando seu o juizo.

Afinal, Osman Lins muito sábio uma vez escreveu: Se Deus criou algo melhor do que mulher, guardou só pra ele.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Confissões

Pecado é te deixar de molho

Ela tem 18 anos e quer ser atriz. Passou as últimas 3 horas transando com o namorado na cama dos pais. Ganhou um baseado de um hippie e fumou ele no banheiro da escola com a melhor amiga.
- Padre, eu pequei.
Ela tem 17 anos e vai fazer medicina. Estava num bar com um cara casado que come puta e bate em mulher. Ela quase foi pro motel com ela, mas seu pai ligou perguntando se ela já não deveria estar voltando do cinema.
- Padre, eu quase pequei!
Ela tem 15 anos e não quer ficar de castigo. Depois da aula aprendeu a beijar com sua prima embaixo da mesa do computador. Está trocando cartas com o namorado da irmã mais velha.
- Padre, eu nunca pequei. Eu sou uma santa.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Laços


Andamos em voltas rectas
Na mesma esfera,
Onde ao menos nos vemos
Porque o fumo passou.

A chuva no chão revela,
Os olhos por trás.
Há que levar o que restou
E o que o tempo queimou.

Tens fios de mais
a prender-te as cordas,
Mas podes vir amanha,
Acreditar no mesmo Deus

Tens riscos demais,
A estragar-te o quadro.
Se queres vir amanha,
Acreditar no mesmo Deus

Devolve-me os laços, meu amor!
Devolve-me os laços, meu amor!
Devolve-me os laços, meu amor!
Devolve-me os laços...

Andamos em voltas rectas
Na mesma esfera
Mas podes vir amanhã
Se queres vir amanhã
Podes vir amanhã

Tens riscos de mais
A estragar-me a pedra
Mas se vieres sem corpo
À procura de luz

Devolve-me os laços, meu amor!
Devolve-me os laços, meu amor!
Devolve-me os laços, meu amor!
Meu amor
Meu amor...

Toranja