Mas garotas choram. Elas se acabam em pranto. Elas vertem lágrimas de sofrimento. E de felicidade, amor, perda, sucesso, morte e vida. Elas morrem e renascem cada vez que choram. Seja o pranto escondido, no meio do trabalho, enquanto atende o telefone e faz café. Ou aquelas longas horas no banho, aonde lágrimas e água pura se misturam e se perdem. Mesmo no fim de um filme, no começo de uma música, no meio de um livro. Ao abraçar ou a beijar. Quando se despedem, quando se reecontram. Quando um amor morre, e um novo nasce.
Nós choramos, e até gostamos. Poses no espelho, para ver a forma mais bela de chorar. Contamos o quanto nós chorando, e até aumentamos as horas. Vamos atrás de artes, que fazem chorar. Passamos o dia, esperando a hora, em quem iremos poder chorar em paz. Chorar gritando, chorar dançando. Chorar em silêncio, chorar cantando.
Garotas choram. Meninas e mulheres choram. Eu choro.
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